Em tempos de IA, o capital que importa é humano
- Andréa Fidelis
- há 12 minutos
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Vivemos uma era marcada por avanços tecnológicos acelerados. A inteligência artificial (IA) já ouve, responde, aplica testes, reconhece emoções e oferece conforto com precisão impressionante. Pode processar dados em segundos, cruzar informações complexas e fornecer diagnósticos com base em padrões comportamentais. Mas, apesar de tudo isso, há algo que nenhuma IA consegue replicar: a profundidade da experiência humana.
A IA entende comandos. Nós, humanos, sentimos silêncios, interpretamos olhares, gestos e captamos nuances emocionais que não cabem em nenhum algoritmo. É nessa camada invisível — de empatia, intuição e presença real — que ocorrem as verdadeiras conexões que curam e transformam.
Durante palestras, costumo ouvir a pergunta: “A IA vai substituir psicólogos?” Minha resposta é direta: a IA pode até ouvir, mas só um ser humano escuta de verdade. Ela pode citar frases de filósofos, simular empatia e sugerir conselhos baseados em dados. Mas só um ser humano sabe a hora certa de fazer silêncio, de oferecer um olhar acolhedor ou uma palavra simples que toca fundo.
A tecnologia é bem-vinda — e pode ser uma aliada poderosa. Mas deve servir para nos libertar, ampliar nossas capacidades e apoiar processos. Não para substituir o que temos de mais essencial: nossa humanidade.
No fim do dia, o que transforma não é o saber técnico. É o sentir autêntico. E isso, nenhuma máquina consegue fazer.

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